Sonhar.....acordar.....chorar.....


Essa manhã eu tive um sonho.
No sonho morávamos numa casa bem pequena e bem desajeitada.
Estávamos almoçando numa mesa, todos nós.
Artur estava em meu colo e começou: Eu fui no Itororó beber água e não achei...achei bela morena...
q por ela apaixonei.....
A voz do meu filho era linda, perfeita, a dicção ma-ra-vi-lho-sa.
Meu filho parecia um menino de verdade e não um bb "resmungador', q não deixa de ser lindo.
Eu olhei para o Ro e ele estava me olhando estarrecido, olhos vermelhos e eu dizia:
— Ele sabe a letra da música direitinho!
Tentava entender pq o Ro não chorava e pq eu achava q ele deveria chorar.
Mas só quando eu acordei, uns segundos depois q eu entendi.
Alôoooowwwww!!!
Meu filho não fala nada, quem dirá cantar.
E chorei..... como se não bastasse tudo o q tenho chorado ultimamente.
Perdi a vontade de levantar da cama, fiquei twittando até criar coragem de viver a vida que eu tenho.

Q raiva do meu subconsciente!!!!

Droga!!!
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CERTEZAS INCERTAS


Eu nem bem comecei a escrever e meus olhos já estavam cheios de lágrimas.
Acho que quem lê meu blog deve achar que eu deveria escrever novelas mexicanas ou que eu tenho pretensão de roubar a cena de alguma protagonista dela.
Depois do último post, eu e o Ro chegamos a uma conclusão: por mais q pareça estável, nossa vida está longe disso.
Temos filhos com necessidades e infelizmente a cada dia q passa fica evidente que não poderemos atendê-las.
Essa semana numa conversa com o Terapeuta Ocupacional do Artur, ele dizia q Artur teve alta da outra terapia devido a velocidade de sua evolução, em menos de um ano, sua coordenação motora atingiu os objetivos desejados. Mas será q são suficientes assim?
Ele falava tbm sobre o fato da cidade q moramos ser totalmente deficiente de profissionais e até mesmo uma escola q vá ajudar Artur em seu desenvolvimento.
E é triste concluir q não, não tem, nem se tivéssemos dinheiro para pagar terapeutas para atender nosso filho, não tería.
Eu não sou dessa cidade, moro aqui desde a adolescência e com o passar dos anos fui me obrigando a me acostumar com ela e acabou que me acomodei.
Lamento por ter deixado passar tanto tempo para concluir q essa cidade não serve para a minha família e não ter feito nada de relevante para ir embora daqui.
Mas, depois dessa nossa conversa, o Ro e eu decidimos que é hora de partir.
Admito que essa decisão tem um gosto de derrota, um sabor de medo.
Depois dos trinta anos, sem uma faculdade, concursados há mais de 10 anos, decidir ir embora, é apavorante, mas ainda assim, por nossos filho iremos tentar.
À princípio iremos tentar concursos públicos e quem passar primeiro segura a onda até o outro passar.
Sabe pq vamos?
Pq o governo pode pagar escolas especializadas para cuidar de nosso filho, escolas que vão estimular nosso pequenino e explorar ao máximo o seu potencial e ainda que não consigamos isso, teremos a chance de uma escola especial.
Pode até ser q estejamos iludidos, que crianças de cidades maiores passem por dificuldades como a q passamos, mas a intenção é melhorar a nossa questão financeira, q não ajuda.
Não sei se vai dar certo, mas eu preciso tentar por meus filhos.
Ano passado eu achei q ter um filho especial era apenas abdicar de meus sonhos, deixar todos os meus planos de lado, deixar de sonhar.
Enquanto o Ro falava sobre irmos embora, sobre estudar e mudar de vida, senti-me chorar por dentro pq vi q eu errei em algo, eu me deixei morrer.
É  verdade, qdo eu achei q era para desistir de sonhar, eu me deixei morrer, quando na verdade eu deveria mudar de sonhos. Eu até mudei, passei a desejar menos coisas, não ter grandes projetos sobre o desenvolvimento do meu filho, fui tirando a normalidade dos meus sonhos e errei muito nisso.
Fica a dica para quem está começando, para quem viu seus sonhos e projetos ruírem como eu vi os meus qdo o Autismo apareceu na minha vida.
Sentir-se morto interiormente é um choque de realidade doloroso demais.
Toda vez que me lembro da hora q despertei do sono profundo e que a vida mostrou-me a realidade novamente, não paro de sentir meu coração despedaçado, não paro de sentir lágrimas nos olhos e não paro de sentir medo.
Me vi imóvel. Achei q era somente parar com tudo, respirar o ar que meu filho respirava e q isso lhe daria qualidade de vida.
Como eu me enganei, felizmente, 'perdi' apenas um ano de minha vida.
Mas isso não soluciona nada.
Felizmente viver e respirar o mesmo ar que meu filho o fez crescer imensamente, vejo-o um propagador de amor e doçura onde quer q ele vá e observem: se no ano passado ficamos sem sair de casa pq não sabíamos lidar com ele, pq ele não se adaptava em lugar algum, hj, saímos tranquilos, nos preocupando apenas com a sua alimentação.
Progressos, progressos e progressos e as pessoas q são responsáveis pelos pogressos de Artur, tbm precisam progredir.
A certeza é de que algo precisa mudar, as incertezas é em como e qdo essas mudanças serão feitas.
Independentemente de como elas serão feitas, apenas confio e entrego minha vida nas mãos de Deus para que mesmo com todo esse medo todo q estou, Ele nos coloque no caminho certo.
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EDUCAÇÃO = ??????????


Tem coisas que a gente vê na vida e dá vontade de chorar.
Ontem foi um dia desses.
Fui na reunião da escola da Laura.
Vcs precisavam ver o desespero estampado no rosto da professora.
Era nítida a saturação dela em dar aulas e a tristeza ao ter q implorar para que os pais educassem e orientassem seus filhos.
Mas o q mais me doeu mesmo foi quando ela começou a falar q qdo entra na escola faz um oração e que estava difícil fazer a escola se tornar um lugar descente e limpo.
Ela disse que a escola foi pintada há 5 meses e parecia um mausoléu.
Falou q o ano começou sem um vidro quebrado e olhei para a janela, só naquela sala haviam 3.
Mas o q mais me doeu foi qdo ela falou que os vitrôs não poderiam ser abertos pq roubaram os puxadores pq eram de alumínio.
Ouvir que quebram a escola para comprar drogas doeu demais meu coração.
Fiquei me perguntando o q eu fazia lá, o q a minha filha fazia lá, meus olhos se encheram de lágrimas e custei não mostrar q chorava, pq por dentro, eu estava destroçada.
Depois daquele momento, eu sequer ouvia o q a professora dizia, só ficava dentro de mim procurando formas de livrar minha filha daquele lugar, das garras do abandono. Mas  não achei nada, restava-me pelo menos olhar as notas da minha filha.
Enfim, chegou a hora e foi mais uma decepção.
A minha menina que não tirava menos q 8 na melhor escola da cidade, tinha 5 em português. Me senti mais inútil ainda, pq vi q minha filha não estava só abandonada na escola, mas tbm abandonada de seus estudos.
Em casa, finalmente e tentando me refazer da tristeza q me assolava resolvi conversar com a Laura sobre a reunião e foi quando ela me contou q a professora de LPT [não sei o q é] disse q daria nota 5 para todos os alunos pq não não suporta a sala e q daquela semana em diante não daria mais aulas, afinal receberia ensinando ou não.
Fico pensando que professor hj precisa de curso do BOPE, com técnicas de guerrilha para enfrentar bandidos e q quando ñ tem estômago para aguentar "PEDE PRA SAIR".

Bem- vindo ao Brasil real, Roberta.
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Uma Guerra chamada VIDA.


A palavra guerra nos remete para tantas coisas.
Uma delas é a viver.
Viver é uma guerra onde cada dificuldade que enfrentamos chama-se batalha.
É uma eterna luta pela sobrevivencia para uns, diversão para outros, fundamental para alguns.
Estamos sempre em busca de vitórias, tecendo planos e mais planos para vencer essa guerra com estilo e supremacia, no final de tudo descobre que a grandiosidade dessa guerra não está em vencer todas as batalhas e sim em viver com as derrotas.
Esse final de semana perdemos uma batalha, junto com ela foi tbm um guerra (vida).
O pequenino Samuel, nem bem veio ao mundo e nos deixou.
Sua guerra começou muito antes de nascer, sabe-se Deus exatamente como começou, mas parte dessa luta findo-se com sua partida precoce.
Sua história de vida é contada AQUI
Samuel tinha uma má formação cardíaca chamada HIPOPLASIA DO VENTRÍCULO ESQUERDO + DSAVT DESBALANCEADO + VEIA CAVA SUPERIOR ESQUERDA PERSISTENTE que resumidamente significa que o lado esquerdo de seu pequenino coração não funcionava.
Ficou decidido que assim que ele nascesse, um dia depois faria uma cirurgia e duas outras depois.
A união das pessoas que se mobilzaram para ajudar Samuel e Lili, sua mãe, foi uma lição de civilidade e solidariedade q não vou me esquecer.
Mas, mesmo com tanto amor, tanta dedicação e tanta fé, as coisas não saíram como planejamos.
Deus decidiu que o coraçãozinho de Samuel deveria bater em outro plano, lhe deu asas, o fez voar e nos deixou aquele gostinho de derrota na alma de todos q ficaram e desejavam a vitória.
Pensar na dor que uma mãe sente ao perder um filho tão amado e desejado chega a ser covardia. A gente nunca vai saber.
E agora?
O q fazer com nossas derrotas? Como viver sem um pedaço da gente.
Samuel tinha meio coração e qdo descansou, levou por inteiro o coração de sua mãe.
Fico me perguntando o q uma mãe faz quando perde a guerra, qdo viver pode até perder todo o seu sentido.
Algumas vezes chorei por ter um filho especial, mas o q eu só consigo pensar agora é que eu ainda O TENHO.
Não questiono mais as formas que Deus tem para nos ensinar, mas me pego perguntando: pq assim?
Viver é uma guerra, enfrentamos batalhas todos os dias, comemoramos as vencidas e não sabemos o q fazer com as derrotas, seja o que for, nada é feito sem força, sem amor demais e desejo isso de sobra para a Lili e todas as mães que de alguma forma perderam  uma guerra (seus filhos).

O Blog viagem de mãe está  de luto por Samuel!!!
E que Deus dê muita força para nossa amiga Lili, ela vai precisar. 
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O que eu não gostaria de contar =(


Eu tenho uma filha tão linda!!!
Ela tem 13 anos e é muito inteligente.
Eu sempre me preocupo com essa idade, a adolescência é uma época muito marcante em nossas vidas.
Eu sempre digo a ela que se estamos todos juntos, é pq temos q enfrentar tudo juntos, tento ser amiga dela de verdade, não amiga permissiva, para descobrir seus segredos. Eu tento ser sua amiga para ouvir os seus sentimentos, para tentar ajudá-la, já que vivi tantas coisas q ela tem vivido.
No meio disso tudo temos o Artur.
Todas as dificuldades.
A Laura é meio que mãe dele.
São 10 anos de diferença, ela troca fraldas, olha o irmão, brinca, acompanhou tudo nele. 
A gente nunca escondeu nada dela, desde a desconfiança do autismo, até a hora do ATB, pq ela quer saber de tudo.
Somos uma família q interage de verdade.

Hj, enquanto eu dava jantar para o Artur ela me contou algo q arrasou comigo.
Disse que um 'japoneizinho' da sala dela estava conversando na sala e disse que os AUTISTAS SÃO SEM CÉREBRO.

E eu disse a lembrei de uma conversa que tivemos dias atrás sobre o preconceito. Que o preconceito é informação sem conceito. Q preconceito é falta de informação.
Q ela como irmã de um autista, tem que se munir de informações para metralhar os ignorantes.
Q algumas pessoas valem a pena vc perder seu tempo dando informações, explicações.
Já outras a gente pode sim destilar um pouco de seu sarcasmo.
Fiz brincadeiras dizendo oq ela poderia dizer ao menino: Ahhh, nãoooo autistas não são sem cérebro, sem cérebro são os anencéfalos, q esses costumam ter pouco tempo de vida, que ele estava se confundindo [totalmente recheado de sarcasmo]. 
Não que eu ache que um autista seja melhor ou pior, mas apenas para demonstrar informação.
Conversamos sobre o preconceito, sobre o qto eu penso q ela não deva se importar com isso.
Q eu temo sim que judiem de nosso pequenino na escola, mas que se formos viver em função desse medo, não seremos o suficiente fortes para defendê-lo, para dar qualidade de vida para ele ser independente.
Mas, que se ele não fosse, que ele teria nós todos ao lado dele para cuidar dele o resto da vida.
Daí, nos abraçamos, conversamos.
Eu pedi para ela chorar, falei q Deus nos escolheu simplesmente pq somos capazes.
Q chorar não é fraqueza. Q desejar q tudo fosse diferente não é crime.
Q eu choro tbm.
Ela me disse q sabe, mas que eu faço escondido.
E eu disse q não, que eu apenas choro, venho aqui no blog, escrevo, choro mais um pouco e q todos q me leem me ajudam.
Q ela poderia sim chorar comigo, que eu daria colinho para ela.
A gente pode e deve chorar, o q a gente não pode é viver chorando.
Que Deus nos escolheu pq temos capacidade de cuidar do seu anjo aqui na terra.
Já diz a sábia frase: Deus não escolhe os capacitados, ele capacita os escolhidos. Fomos escolhidos pq temos potencial e baseado nesse potencial é q devemos fiver.

E mais uma vez eu disse o q sempre digo pra mim qdo tenho vontade de morrer de tanta tristeza como hj:

" Existem duas maneiras de enfrentar as adversidades da vida: Com dor e sofrimento e com coragem.  Mas nenhuma delas vai impedir que vc passe pelo que tem que passar."

E acho q essa é a maior lição que eu posso ensinar para ela.


Gente, tudo isso acabou comigo.
As pessoas vem aqui, sempre dizem que eu sou forte, que eu sou guerreira e eu nunca acho isso.
Não com tanta veemência.
Mas hj, acho q depois do q vi, do q senti, penso q vcs podem sim ter razão.
Minha alma vive rasgada, entre a dor de não saber oq vai ser do futuro de meu filho, por viver pedindo o mínimo e lutando pelo máximo.
Temendo o preconceito, temendo o mundo q tem lá fora do meu mundinho.
Vou vê-lo sofrer, vou vê-lo chorar, como toda e qualquer mãe vê.
Mas nada me deixou tão triste e acabada do q ver a dor da minha filha.
De não poder confortá-la, de não poder fazer o q ela deseja.
A dor de ver a dor.
A dor de não ser invensível, de não ser Deus e não poder ao menos fazer meus filhos crescerem sem esse tipo de sofrimento.

De repente a gente tem um filho adolescente em casa, teme uma gravidez indesejada, teme doenças, teme as drogas e eu temo não poder aliviar a dor dela, q tbm é minha, que até hj não descobri o q fazer com ela dentro de mim e tenhho q ensiná-la a dar um jeito na dela.

Chorando, perdida, triste, mas com esperança de q a nossa conversa a faça sorrir novamente, pq dentro de mim é como se eu nunca mais fosse capaz de dar um sorriso.


[mamãe viajante ficou mais velha ontem. 3.5 com carinha de 3.4 e corpinho de 3.6]

vamos que vamos..... caminhando sempre.....rastejando tbm.

[SEM SACO PARA CORRIGIR ERROS DE DIGITAÇÃO E PORTUGUÊS, RELEVEM].
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O que ninguém conta


Existem inúmeros blogs no mundo virtual.
Verdades, mentiras, conhecimento, bobagem e realidade.
O mundo inteiro se expressando.
Mas toda vez que vamos falar sobre um assunto delicado, não conseguimos, não achamos conveniente, sofremos, evitamos, sentimos muito medo.
Ao longo de nossas vidas cometemos erros, acertos, fazemos escolhas, machucamos as pessoas, nos machucamos, nos iludimos, iludimos alguém e isso é viver.
Quando temos um filho especial tudo fica um tanto mais complexo.
Quando eu engravidei da Laura, me enchi de planos para o 'pós-parto'.
Eu ia trabalhar, eu ia estudar, eu ia crescer e nunca faltaria nada para minha filha.
Quando engravidei do Artur eu já me sentia esquisita.
Uma noite chorei dizendo que meu filho iria estragar minha vida, que ela nunca mais seria a mesma e não é q eu tinha razão?
É gente, não eu não sou cruel, a verdade é q ele não estragou a minha vida, ele me fez mudar muito os meus planos.
Imagine vc ter uma vida, segui-la, traçar planos, sonhar, planejar e um belo dia vc descobre que sua vida viverá fora do seu corpo.
Sim, ser mãe de um filho especial é uma dádiva, é um aprendizado gigantesco, é maravilhoso sim, mas não nos permite esquecer algumas vezes que somos humanos.
Sim, eu, meu marido, minha filha, somos humanos tbm. Não somente nosso filho.
Algumas vezes sentimos falta de sermos nós mesmos, de responsabilidades menores, de nos sentirmos livres e não sobrecarregados.
Tem dia que as coisas ficam mais calmas, menos tensas,qse perfeitas e a gente se permite ter saudades do q fomos, do que gostaríamos de ser.
Algumas vezes tbm, nos perdemos nessa saudade, ficamos com uma ânsia de viver e sucumbimos no erro de nos enganar, de até mesmo fugir daquilo q nos foi traçado.
É algo tão involuntário, tão despretensioso, mas acontece.
Tem dias que eu tenho vontade de ser apenas uma mulher, de explorar essa minha experiência, de ser eu mesma, de sonhar, de crescer, de tirar os pés do chão.
Tem dias que isso acontece tbm com meu marido. com minha filha e é muito triste de repente vc entender q é impossível, q é hora de recuar, voltar à realidade que não é ruim, mas não é tão livre qto queríamos.
Tem dias que eu quero ser uma mulher bonita, independente, que sai do trabalho e vai tomar um café com uma amiga saudosa, que vai tomar cerveja com o pessoal do trabalho e nunca dá.
Isso dá uma tristeza, às vezes dá uma revolta q vcs nem imaginam.
Pode parecer bobagem, pode parecer fútil, mas ser vc mesmo é um ótimo alimento para a alma e sinto minha casa faminta, sedenta por isso.

Não sei realmente o q fazer, vejo tudo escapando pelos dedos.
Vejo todos querendo a mesma coisa, vejo minha família desmanchando tudo porque não nos sentimos à vontade para sonhar......
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Feliz dia das Mães!!!!


Estou sumida, eu sei, peço mil desculpas a todos q sempre respeitaram e vem aqui em busca do que digo.

Às vezes eu acordo pela manhã, mesmo depois de tanto tempo e tenho aquela sensação: "Nossa, eu sonhei que o Artur não era uma criança 'normal', que eu tinha um filho autista. Q sonho triste",

E isso dura creio q 5 segundos e vem o 'choque de realidade' me dizer q não, não é um sonho.

É hora de voltar à vida real. E assim sigo. Dias fugindo, mesmo que inconscientemente, dias enfrentando como uma guerreira e acredito q é assim que deve ser com todas as mães especiais nesse mundo aí à fora.

Tem dias q os olhos águam tbm.

Conversa com a Laura:
O filho de uma amiga é autista, é mais velho com o Artur, tãoooo parecido com ele no jeitinho, na meiguice, nas brincadeiras.
A primeira pergunta que eu ouço é:  — Ele fala???
E eu nem sei o q respondo, mas meu silêncio diz tudo q sou surpreendida por suas lágrimas.
É foda, a gente nunca sabe o q fazer com as NOSSAS lágrimas e de repente tem q lidar com as das pessoas q ama.
Seja a dor de um filho sofrendo fisicamente, seja sofrendo internamente.
Tem dias q é dor demais para uma mãe só.

Mas nem por isso eu deixo de sorrir, sabia??
Eu sou uma pessoa bem alegre, q TENTA não ficar reclamando da vida por aí.
Eu reclamo aqui sim, se é q isso pode ser encarado como reclamação, pra mim é desabafo.
Ao invés de pegar alguém pra cristo e transferir a minha dor, eu escrevo, lê quem quer, quem compartilha do q eu sinto e isso me faz muito, muito bem.
Eu nunca disse a ninguém que o meu filho era autista sem estar com um sorriso nos lábios. NUNCA mesmo.
Talvez no começo eu tenha dito com MEDO, mas nunca triste, pq eu sempre disse aqui q perto do q outras mães enfrentam, eu sou a mãe mais feliz no mundo.
Com o tempo a gente vai aprendendo que um autista não é simplesmente um autista. Ele é delicado, ele fica mais doentinho q as outras crianças, eles precisam de mais do q as outras crianças, mas que tudo isso é gratificante tbm, até mesmo quando dói. Pq hj eu sei q essa dor é a famosa 'dor do crescimento'.
Estamos aí, batalhando, andei ausente daqui e podem ter certeza de q isso significou ausente da maternidade tbm.
Mas Deus é perfeito e me chamou de volta, de uma forma um tanto chatinha, óbvio, Artur está dodóizinho, mas não é nada grave, só algo q me enche de culpa, e tristeza, mas tá bom, a parte boa é q eu voltei, eu sempre volto.

Desejo a todas as mães do mundo, um feliz dia das mães.
Àquela mãe de reza todos os dias para ser imortal e poder cuidar de seu filho com o amor que somente ela É capaz de dar.
Aquela mãe que reza para q seu filho viva, pelo menos mais um dia, para q ela fique ao seu lado.
Para aquela mãe que sonha, nem q às vezes seja um sonho esquisito como os que eu contei no começo, com um dia melhor.
Para aquela mãe que ainda não acordou, que não despertou que nós não padecemos no paraíso, q ser mãe é apenas isso: viver com um pedaço da alma em outro lugar q pode até não ser o paraíso, mas nos faz sentir o gostinho dele sempre.......


FELIZ DIA DAS MÃES!!!!!!
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