Palavras ao vento


Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
  

Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será



Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras

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REGRAS E ROTINA


Essas são as duas palavras mais complicadas na minha vida
Há alguns meses eu falei sobre isso aqui. Sobre como eu não gosto de regras.
Eu odeio seguir regras q não sejam impostas por mim mesma, muito menos consigo ter uma rotina como uma pessoa qualquer tem.
Sou do tipo de pessoa q acorda todos os dias sozinha às 8hs da manhã, mas, se alguém chegar para mim e disser: - A partir de amanhã, vc acorda às 8hs!
Pronto! Está feito o desafio, a partir de então, eu perderei a hora todo dia.


Sei lá pq eu sou assim, não gosto muito de obediência, admito.
Eis q a vida às vezes brinca com a gente, Artur apareceu na minha vida.
E, tudo o q um autista precisa é: regra e rotina.
O q eu faço agora?
Eu já nem sei se devo dizer-me atrasada nisso, mas convenhamos que esse ano nem conta, foi um ano difícil de adaptações, não rola dizer q me omiti qto a isso.
Acontece q o Artur tem uma rotina, mas é a rotina dele, que ele fez, por conta de nossas dificuldades diárias.
Nossa família não é uma família convencional, nossos horários são diferentes e não dava para acordar o Artur na hora em q o pai estava chegando do trabalho.
E assim, diante de tantas dificuldades q esbarramos ao longo desse ano, ainda tinha essa.
Enfim, a intolerância à lactose foi descoberta, a Síndrome do Cólon Irritado tbm.
As alergias ainda estão presentes, mas em estudo e a nossa vida começa a tomar um rumo para a normalidade.
É chegada a hora de procurar uma rotina pra tudo isso.
O Gastro havia chegado à conclusão de que realmente, com nossos horários não daria para o Artur fazer outros e até não nos deu tanta bronca.
Mas foi ele tbm quem deu a cartinha para q Artur voltasse à creche.
Q por sinal, eu detestei, já q eu havia pedido justamente o contrário.
Mas, como eu comentei no post anterior, tive q ceder.
E, ainda bem!!
Artur começou a ir para a creche nessa semana q passou.
Ele não chorou horrores, só no começo, depois já começa a brincar.
Ele tem entrado às 7:30hs e saído às 9hs da manhã.
Qdo ele volta, ele volta todo alegre, sorridente, se alimenta bem, brinca o tempo todo, dorme gostoso à tarde e dorme cedo.
Teve até uma noite em que ele dormiu sozinho na caminha dele e a noite TODA.
Apesar dos pesares, sou obrigada a admitir que acordar cedo tem feito muito bem para o meu pequeno.
Claro q não pra mim. Eu ODEIO acordar cedo, ODEIO dormir cedo. Sou uma morcegona, notívaga de verdade. Então, enquanto meu pequeno se delicia com a sua nova rotina, com suas novas regras, eu me acabo de sono e enquanto não bocejo, babo muito olhando o quanto ele está se sentindo bem e saudável com seus horários.
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A CRECHE: PARTE III


Amanhã mais uma vez vamos levar o Artur para creche, mais uma vez vamos fazer a adaptação dele.
Admito que vou levá-lo pela 3ª vez para a creche e só Deus sabe o quanto é contra a minha vontade.
Mas, todos dizem q é importante para meu filho estar com outras crianças. Eu realmente não acho q agora seja importante para ele, no momento eu optaria por um filho saudável, uma mãe acostumada e adaptada às suas alergias, mas, pela pressão, lá vamos nós.

Pq eu odeio creches?
Pq eu fui muito, muito magoada por ela. Pq o q eu vi fazerem comigo e com meu filho. Para quem não sabe o q houve, vou deixar meu post AQUI 
Depois do q houve, a minha busca ficou em torno de cuidar do meu filho.
As pessoas diziam q eu tinha q ir na secretaria de Educação formalizar uma queixa, mas eu não tinha forças, todas as vezes q me lembrava do meu filho PRESO num carrinho pq não interagia com outras crianças eu ficava mal e não podia, naquele momento meu filho precisava de mim ,estávamos vivendo um momento delicado, não dava para parar e me envolver em picuinhas.
Não fui.
Depois de Março, qdo recebemos o possível diagnóstico de espectro autista. Foram dias de adaptação. De luto, de tentar aceitar q nosso filho seria uma criança diferente do q planejamos, como já contei aqui.
Qdo eu consegui sacudir a poeira, fui na Secretaria de Educação, eu queria outra creche, a modelo da cidade. Conversei com um vereador e ele conseguiu uma reunião com uma das secretárias de lá.
Contei para ela o ocorrido, ela ficou horrorizada e preocupada com o q eu ia fazer com o ocorrido.
Eu sou uma trouxa mesmo, eu não consigo prejudicar as pessoas, não consigo me VINGAR das pessoas e falei q não queria fazer mal a ela, afinal, levando-se em consideração o tipo de pessoa q ela é, o q mais de mal ela poderia sofrer, além das consequências disso. Com certeza ela faria de novo, foi isso apenas q eu pedi para não acontecer. Pq eu sou uma mulher forte, uma mãe determinada, instruída e o q eu não sei, tenho como correr atrás, mas e as pessoas humildes?
Como fazem? Rejeitam o filho tbm??
Eles tem a creche como referencia de educação para seus filhos, pelo menos é o q se acredita e de repente, deixar uma criança de lado pq ela é diferente pareça ser o correto a fazer, já q uma instituição se sujeita a isso, pode parecer q é assim q se trata as diferenças, com ignorância e desprezo.
Bem, eu não posso mudar o mundo, mas posso fazer o q eu posso para lutar contra as diferenças.
Para 'calar a minha boca' a secretária me deu uma vaga na creche modelo e eu arrisquei mais uma vez. Todos dizem q é importante para  a criança com espectro autista conviver com outras.
Eu sinceramente não acho mais isso, não agora.
Ele começou a ir, sua adaptação levou 1 mês, até aí tudo bem, foi para respeitar o tempo dele.
Mas daí, dessa vez, esbarramos na intolerância à lactose e nas alergias q ainda não sei ao q são.
Artur ficou muito doente, começo de pneumonia, sinusite, sofreu, tomou soro, antibióticos e acabou q não o levei mais para a creche. Decidimos q não era tempo ainda, q era melhor ele ficar em casa conosco.
Nesse intervalo, a psicóloga da Casa da Esperança onde ele começou o tratamento em Julho, tem insistido demais para q ele frequente a creche.
Mas ele estava desnutrido, estávamos atrás do seu diagnóstico e eu não mandei.
Acontece q na última consulta com o gastro, ele nos disse q estava tudo bem, pedi para q ele escrevesse q o Artur NÃO poderia frequentar a creche e ele contrariando a minha vontade, disse q SIM q ele não só poderia, como deveria, desde q suas restrições alimentares fossem respeitadas. Fomos para a creche novamente e para a nossa surpresa, a diretora nos disse q havíamos perdido a vaga, com o maior desprezo do mundo.
Eu disse: Como assim perdeu? Então eu vou cuidar da saúde ele e ele perde o direito de frequentar a creche?
Ela disse q não poderia fazer nada.
Ela até poderia não fazer nada, mas eu fiz.
Liguei para a Secretária q me ajudou e ela ligou lá, deu a maior bronca na Diretora, disse q eu tenho todos os atestados, receitas de tudo para comprovar a ausência e q ela deveria nos receber novamente.
No outro dia fomos o Ro e eu na creche, a diretora nem nos atendeu, deixou outra pessoa responsável para receber toda a papelada e atestados.
Não é fácil levar o meu filho mais uma vez na creche, muito menos sabendo q novamente uma diretora não o quer lá.
Podem pensar o q quiserem, mas eu não quero meu filho na creche hj.
Estou fazendo isso porque a psicóloga da Casa da Esperança está insistindo muito e tenho medo q ele perca o tratamento por isso.
Mas tbm já disse para mim mesma q para um monte de gente e irei dizer aqui tbm:
Se o Artur adoecer novamente, só vai para a escola, não mandarei para a creche e isso só acontecerá qdo ele tiver 4 anos.
E q Deus abençoes as TIAS q irão cuidar dele, q Ele faça q elas façam seu trabalho com amor. Pq não existe deficiência maior nesse mundo do q a ausência de amor.
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Noites sem dormir


Eu já perdi as contas de quantas noites eu não dormi. Fosse por ele dormir demais, fosse por ele dormir de menos ou nem dormir.
Sabe, eu nem me incomodo mais em não dormir, eu durmo em média 6 horas por dia, o q me chateia mesmo são noites com as duas últimas.
É tão triste vc não saber o q seu filho tem, pq ele chora tanto. Expressão de dor, nem o colinho da mamãe acalma. É a única forma q eu consigo entendê-lo.
Ele sente dor, chora e eu não sei o q fazer, a não ser que, mesmo no meu colinho ele não chore, eu não sei o q fazer.
Qdo ele era bb, ele sempre teve problemas com contato fisico. Ele não dormia nem 10 minutos sem estar encostado em alguém e antes q alguém diga q eu q o acostumei, poupe-me, pois não é verdade, ele é assim desde q nasceu e por questão de sobrevivência, eu cedi à cama compartilhada.
Hj é bem mesmo, mas não conseguimos ainda fazer com que ele durma uma noite inteira em sua cama.
Na procura incessante de contato físico, ele cai da cama, se machuca e sai muito mais caro, compensa mais ceder à sua 'necessidade'. Acho q foi a melhor coisa q fizemos, entender q ele precisa dormir com alguém.
Tudo bem q isso nos causa diversos desconfortos, mas não tantos qto fazer ele dormir no seu quarto sozinho na sua cama.
E ainda hj eu me pergunto qdo é q irei dormir uma noite inteira.
A resposta eu até sei, até aceito, mas não deixo de imaginar q eu poderia estar enganada.
E vamos q vamos!!!
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Saudade de ser mãe.


Não se espantem, mas é isso mesmo que eu tenho sentido na minha vida.
A sensação q eu tenho olhando para minha vida hj é a de q eu sou uma mãe tapa-buracos, aquela q só aparece quando a coisa não tem mais jeito, tá pegando fogo, à beira do caos??
Eu sinto tanta vontade de ficar em casa, sabe, acordar pela manhã, arrumar a bagunça, tomar café na frente do computador. Abrir a geladeira, olhar o q vou fazer de almoço pras minhas crianças. Sentir tédio, q a minha vida não tem graça, me sentir inútil como um monte de mãe sente por aí.
Eu queria levar meu filho pra brincar na calçada, tomar banho à tarde para ir ao mercado, reclamar q meu esmalte descascou por causa da água sanitária.
Eu queria ver 'vale a pena ver de novo', namorar as roupas da Angélica no "Vídeo Game" e ficar encantada com a beleza do Reportes Evaristo Costa do Jornal HJ.
Mas sabe, eu quero demais. Não dá. Eu preciso trabalhar. Me matar decorando sequências de documentos, dar conta de todo documento q entra, anotar um a um, depois passar para meu chefe despachar, depois distribui-los para os departamentos responsáveis, é um esforço sem tamanho, saber quem ainda não recebeu, fazer o pedido de materiais, pedidos de compras, tomar conta de tudo.
Daí, todas as minhas coisas são 'mexidas', ninguém entende, mistura tudo e de repente acontece algo errado. Quem é responsável pelos papéis?
Droga, sinto-me sugada, gastando minhas energias. Perdendo tempo e emoções com coisas desnecessárias.
Eu só quero ser mãe, estudar mais sobre autismo, ficar com meus filhos, cuidar da minha filha q é quase uma adolescente e precisa de uma mãe presente, centrada.
Ai ai ai, q saudades de ser mãe......
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Sensação de 10 passos à frente e 1 para trás


Às  vezes eu tenho essa impressão, de que estou  no caminho certo, mas fico observando tudo com atenção, à procura da perfeição e me sinto assim:
Dando 10 passos para frente e 1 para trás.
De uns 2 meses para cá, é evidente o quanto o desenvolvimento do Artur melhorou, ele tem feito coisas, tem tido muitos progressos.
Acreditem ou não, depois q tiramos a lactose de sua vida, meu filho amadureceu, cresceu, aprendeu tudo mais facilmente, mas tudo a seu modo.
Ainda me pego pensando numa dieta sem glútem, caseína e tal, mas sinto q não estou pronta para enfrentar os médicos, já q a minha primeira tentativa ocasionou numa criança desnutrida. 
Ao mesmo tempo q vejo o Artur crescer, vejo o seu Espectro Autista crescer tbm.
Não sei se saberei explicar, mas as estereotipias tem aumentado. Muito Flapping, agora ele tbm deu para bater palmas qdo fica nervoso, qdo fica feliz, qdo fica agitado, algumas vezes bate palmas ouvindo músicas, mas é pq elas o deixam eufórico.
Ele tbm agora está com o hábito de deitar no chão, como se fosse um 'budista' e fica batendo a cabeça no chão. Tbm está com o hábito de dar tapas no seu rosto.
Eu sinceramente não sei o q fazer.
Fomos num psiquiatra na semana passada e foi uma frustração só.
Não, eu não esperava q o psiquiatra fosse dizer q Artur não tinha nada, mas eu achei q além de me dar uma carta dizendo q meu filho tem "autismo infantil", que ele iria me explicar algumas coisas, me orientar no dia-a-dia.
Realmente não sei dizer ou se posso dizer, mas vou dizer : Não sei se eu q esperei demais do médico ou se o médico q era um médico de merda. #prontofalei
A verdade é q estou na estaca zero, o médico não me disse nada do q eu não soubesse, aliás, senti q eu sei mais q ele.
Eu não sei se as estereotipias tem alguma causa, ou se ela apenas acontece.
Queria saber se elas pioram, mas eu realmente não sei.
Só q eu sei q eu tenho sede por respostas, sei q vou encontrá-las e venho aqui dividir com vcs.
Enquanto isso, passo o tempo olhando pro meu filho e me perguntando se ele vai se machucar, o q eu posso fazer para evitar e tento não sofrer, já q esse é um comportamento esperado
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Um ano depois....


É nesse final de semana q completa um ano.
Um ano que Deus resolveu colocar um luz bem forte no meu rosto, luz esta q me impediu um pouco de enxergar as coisas com clareza, luz q doeu, luz q tirou pedaços de mim, luz q apesar de sua intensidade incômoda, fez com que, assim como na 'passagem' para a morte, q eu a seguisse, q eu a enfrentasse e encontrasse o lugar onde estou hj.
Hj faz um ano em que minhas dúvidas foram esclarecidas. Pelo menos aquelas q diziam que havia alguma coisa de errado com meu filho. Um ano q eu tive a certeza dentro do meu coração que eu tinha um filho autista.
É tão complicado reviver certas coisas.
Desde aquele dia, minha vida nunca mais foi a mesma, a busca por respostas, a busca por entender, uma busca sem fim pelo conhecimento q poucos tem.
Lamentavelmente, em sua maioria, incluindo eu, somente buscando qdo se depara com essa realidade para si mesmo.
Hj faz um ano q eu me transformei, me transformei numa mãe de verdade, numa mãe q ama seu filho, uma mãe q escolheu deixar toda a sua vida de lado, q casou-se com a resignação para buscar qualidade de vida para seu filho.
Hj eu deixei todos os meus sonhos para traz.
Aos poucos me vejo tecendo outros, mais lindos, mais consistentes, mais eu mesma.
Hj eu me tornei uma mãe especial, uma mãe q entende o q realmente é se doar, uma doação acima do normal, uma doação especial.
Uma mãe q vai viver pelo seu filho, para ensiná-lo a ser independente, mas q sabe q vai demorar mais do q os outros filhos.
Sabe, tantos anos de minha vida a minha vida foi só minha. Eu não a dividia com ninguém, só momentos, só o q interessasse para mim até mesmo com meu marido, minha filha.
A minha vida sempre esteve na palma da minha mão e eu sempre dei um jeito de enxotá-la de mim.
Todas as vezes q a minha vida dependeu apenas de mim mesma, todas as vezes que a minha vida pediu algo de mim, eu simplesmente me enchi de coragem e dei as costas a ela.
Sempre me machuquei, sempre fiz escolhas erradas pq eu nunca me permitir não escolher.
Por mais q a minha escolha fosse a pior q fosse, eu a escolhia somente para manter o controle ou achar q eu tinha o controle sobre ela.
Hj, um ano depois, vejo q eu sou um NADA.
Não um nada inexistente, não um nada vazio.
Eu sei q hj eu sou um nada nas minhas escolhas, hj eu não dependo mais delas. Eu tenho tentando me dar uma chance, eu tenho me dado o direito de sentar, colocar a mão no rosto e me desesperar.
Não por ter feito uma escolha errada, mas por simplesmente me dar o direito de pensar q eu não sei q escolha fazer.
O começo foi muito difícil, enquanto meu corpo estava quente, enquanto eu tinha sede pelas respostas, eu corri, eu lutei, foram meses esperando consultas, meses acordando de madrugada, meses esperando q algum médico fosse confirmar a certeza que eu já tinha dentro de mim.
O que mais me intriga nisso tudo é que eu NUNCA, NUNCA MESMO levei meu filho a um médico acreditando q ele fosse olhar para mim e dizer: Mãe, seu filho NÃO é autista.
Muitas noites me senti pessimista por isso, sem esperanças, até algumas vezes senti uma coisa tão ruim q os meus julgamentos internos fizeram eu acreditar q pareciam desejosos, mas não era isso.
Eu simplesmente tinha certeza e pronto.
Apesar da dor q eu senti, da dor q eu ainda sinto às vezes, acho q a melhor coisa q eu fiz desde então, foi zerar minha vida.
Um belo dia eu vim aqui nesse blog e disse: De hj em diante minha vida está no stand by.
E assim eu fiz.
Fiz uma faxina interna dentro de mim, como mãe, esposa, profissional, como mulher.
Matei todas elas. Uma a uma. E eu podia sentir no começo cada golpe q eu dava em mim mesma e eles doíam, doíam como nunca nenhum corte q já fiz em minha pele já doeu.
Eu fui brusca, ríspida comigo mesma, mas eu precisava ser assim, não sei funcionar diferente.
Matei a mãe, matei a esposa, matei a profissional e matei aquele farrapo de mulher q eu havia me transformado após anos de depressão. Matei tbm todos os sonhos de todas elas.
O luto da mãe foi o mais doloroso. Além de matar a mãe tive q matar um filho dentro de mim e foi como ter feito um aborto. Eu queria aquele filho, eu desejei aquele filho, mas as circunstâncias me impediram mais uma vez de tê-lo.
Decidi q essa mãe não deveria mais existir, mas não nego q chorei noites a fio, como qdo adolescente pedindo a Deus meu filho de volta.
Senti-me crescer a cada dia, centímetro por centímetro, dor a dor, sorriso a sorriso.
Mas Deus é tão perfeito q dessa vez, tirou um filho de mim e mostrou-me q eu ainda poderia ser mãe, deu-me o seu melhor conteúdo e o melhor presente q eu poderia ter.
Ele me deu um filho especial, um filho q a princípio sim me assustou bastante, mas q eu sempre me senti pronta para cuidar.
Eu sempre odiei diferenças, sempre gostei de pessoas especiais, sempre enxerguei o amor acima de tudo, era como se há muito tempo eu já sentisse q esse dia iria chegar e algumas muitas vezes tivesse fugido dele.
Deus mostrou-me o verdadeiro significado do amor.
Fico IMPRESSIONADA no milagre em q a minha vida se transformou.
Eu era um depósito de amarguras, de aflições e hj eu sou um recipiente de amor.
Eu sou doce, dentro das minhas limitações, claro, mas eu hj só tenho amor dentro de mim e qualquer outro sentimento q me ronde, é escorraçado com o sorriso do meu filho.
Eu tenho muito, muito orgulho de mim. De verdade, pq eu não deixei q nada de ruim me deixasse ruim.
Eu sofri tudo, com intensidade é verdade, mas eu nunca deixei de melhorar por nada de ruim q me aconteceu.
E, como já era previsto, um ano depois, venho aqui dizer q eu nunca fui tão feliz em toda a minha vida.
Que eu nunca ia querer uma outra vida, um outro filho q não fosse como é o Artur.
Pq o Artur é o filho q eu precisava, o Artur é a vida q eu precisava, o Artur é quem veio ao mundo para aprender comigo e me ensinar o verdadeiro significado do amor..... e eu amo meu filho, amo minha família e me amo demais pq tudo isso q eu vivi, q tenho vivido, pq só me fez bem, até mesmo quando me fez tão mal.
Obrigada meu Deus! Por eu ter me transformado numa pessoa boa, por eu ter conseguido ultrapassar tantas barreiras e por estar vencendo, dia a dia, a verdadeira guerra q eu transformei minha vida, quando eu simplesmente só precisava viver e não quis. Obrigada por eu estar deixando esses dogmas para trás e por eu ser assim, do jeitinho q eu sou.

Louca, inconsequente, irresponsável, mas apaixonada......
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Eu slinguei. E vc??


Quando engravidei do Artur descobri um mundo inimaginável na internet.
Tanta coisa boa, tanta coisa ruim sobre em como ser mãe, sobre como cuidar de nossos filhos, sobre como cuidar de uma gravidez.
Eu adorei muitas ideias.
Mas, somente depois que o Artur nasceu é que eu fui descobrir o sling.
O q é um sling??
descrição:
Slings são faixas de tecido, ajustadas ao corpo da mãe através de duas argolas. Uma vez ajustadas ao corpo, permitem levar junto ao corpo uma criança de 0 a 4 anos.
Sua origem é desconhecida, mas os índios e orientais o praticam com determinação até hoje. Um "colo ambulante" e tanto, carinho, conforto e liberdade para você e seu bebê.

Eu realmente me interessei por isso. Além de prático, li muita gente falando de seus benefícios. Foi aí que eu comprei o meu.
Lembro-me de ter comprado um ser argolas pq sabia q o papai ia querer usar e temia q ele não soubesse usar direito e meu pequeno fosse ao chão.
Então compramos um que déssemos apenas um nó.
Assim que chegou eu fui usá-lo, claro q não sabia direito, mas a pessoa que me vendeu deu uma ótima assessoria e logo estávamos slingando.
Eu passava horas com ele no meu colo, dormindo, mamando, grudadinho em mim.
E posso dizer q foi a parte mais deliciosa de ser mãe.
Os braços não doíam, ele ficava calmo, dormíamos juntos.
As cólicas se foram e tudo ficou melhor desde então.
As pessoas da minha cidade estranhavam, outras pessoas diziam q eu ia estragar a coluna do meu filho, mas eu erguia a cabeça, olhava a carinha de prazer do meu filho ali e seguia em frente.
Eu podia carregá-lo, carregar uma bolsa, um guarda-chuva e outras vezes dar a mão para a minha filha
Eu amei slingar, se o Artur gostasse, faria até hj.
Toda mãe deveria slingar, todo bb deveria experimentar essa sensação de ter a mãe por perto, grudada nele. 
Todo mundo deveria perder o medo de demonstrar afeto. Eu não tenho mais.Vc tbm não deveria ter
Hj eu vejo o quão foi importante para o Artur o sling. Por causa o autismo, a sua integração sensorial é delicada, em certas ocasiões o toque tem q ser mais intenso, o contato físico tbm. E isso hj eu me orgulho em dizer q eu dei e dou de sobra.
Agradeço pela oportunidade de conhecer o sling e aproveito meu blog para mostrar para quem não conhece, como é bom slingar.

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O Meu Melhor


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