Quem se importa??


Antes de mais nada, gostaria de dizer que a minha postagem não é direcionada à ninguém, não tem intenção de ofender ninguém e tbm não é opinião absoluta.
É apenas minha, mais nada.
Para quem se magoar com ela, minhas desculpas, para quem se ofender com ela, peço q apenas ignore ou tente pensar com mais carinho em tudo o q leu.
È MEU desabafo, é o q sinto.
Criei o blog justamente para isso e não acho justo comigo esconder o q eu sinto.
Talvez não seja agradável, mas está dentro de mim e como diz uma amiga: é importante EXORCIZAR as coisas.
Outro dia estava lendo o q minha amiga Lili falava sobre a perda da um filho e o texto falava sobre depois de tudo, que a gente tem q voltar à realidade, as pessoas querem e desejam isso, mas que realidade??
A delas não é possível, a nossa muito menos, dado q temos uma 'diferença' entre nós.
O que mais tem me irritado nisso tudo é em como as pessoas não se importam com vc nesses casos.
Em como elas querem q vc viva custe o que custar, ame o seu filho acima de tudo, sofra da sua dor CALADA, sem reclamar, sem chorar, sem lamentar e sem encher o saco.
Será que alguém consegue fazer isso? E se conseguiu, será q essa pessoa teve uma vida realmente boa?Nem vou entrar no mérito de feliz.
Uma coisa eu tenho aprendido: quem tem um filho especial não tem direito a nada além de cuidar dele.
Não há nada de mau nisso, não fosse a vontade de viver que todo mundo tem.
As falas são sempre as mesmas: Vc tem pq é forte. Deus lhe confiou pq vc pode. Vc é importante, é especial e....................não precisa de nada, só sorrir para mostrar o quanto é possível ser feliz tendo um filho especial.
Ah, que lindo!! E hipócrita tbm!!
Não estou reclamando de ter um filho especial, estou apenas falando no quanto as pessoas não se importam com quem tem.
No quanto a gente se sente sozinho, desamparada e abandonado pelo mundo.
Tudo é difícil, tudo é caro e tudo isso vc tem q aprender sozinho.
Digo sozinho pq apesar de sempre ter a companhia do meu filho, ele não interage tanto, não o suficiente para compreender o q eu sinto e talvez nem devesse.
Talvez ficasse magoado com o mundo, como eu estou.
Não quero ser injusta com ninguém, não quero desmerecer quem sempre está ao meu lado, mas me sinto só, abandonada pelo mundo e pela vida aí fora.
É como se eu tbm vivesse num mundo só meu, onde qdo as pessoas me vêem, tentam fazer de conta que não vêem.
Sabe quando as pessoas do meu trabalho perguntam pelo meu filho?
Um dia depois de eu ter 'faltado' no trabalho.
Sabe quantos amigos perguntam sobre o desenvolvimento do Artur?
Bem poucos, ainda assim somente qdo eu falo.
É como se o assunto fosse intocável, proibido e q não falar nada não fosse tão mais doloroso qdo falar.
Talvez as pessoas acham q é autopiedade e é mesmo, eu sou muito chorona mesmo, mas penso que enquanto isso não me impedir de viver, de lutar por dias melhores, posso chorar e reclamar à vontade.
Eu nunca fui de ficar chorando pra ninguém que eu tenho um filho especial. Muito pelo contrário, eu sempre me mostrei e fui otimista com tudo, sempre me empenhei em dar o meu melhor para enfrentar tudo isso, mas ultimamente não tem sido assim.
Sabe como eu me sinto?
Me sinto só, abandonada, desprezada pelo mundo.
O problema é meu? É sim, eu sei que é.
Mas não é fácil enfrentar tudo sozinha.
Digo sozinha pq muitas vezes eu tenho q ajudar o Ro a enfrentar isso tbm. Muitas vezes eu tenho que ajudar a Laura a enfrentar e até mesmo ao Artur tbm.
Eles me ajudam, me ensinam todos os dias como é importante tê-los, mas sabe, eu preciso de um pouco mais.
E nem é tanto, sabia?
Eu nunca fui muito boa comigo, eu nunca fui lá de me dar o valor merecido, muito menos de valorizar a vida, mas ultimamente eu sinto muita falta de mim mesma, de viver.
De acordar com os meus próprios olhos, sem temer ter esquecido algo, sem estar atrasada para o trabalho ou perdido o horário do Artur tomar seu café da manhã.
Eu sinto falta de estar casada, de ter um marido só pra mim. De sair para comer uma pizza, namorar, andar de mão dadas. 
Claro que vc vai me dizer que toda mãe passa por isso, mas vou contar uma coisa pra vc: Quando vc tem filhos, poucos olham ele para vc, mas qdo ele é especial, poucos QUEREM olhar ele pra vc.
Dá trabalho, vc não sabe como lidar, dá medo, não dá vontade tbm.
Enfim, às vezes vejo meu casamento por um fio, minha filha de lado, morro de medo dela sofrer por isso, não compreender q não é por vontade minha.
Tenho me esforçado muito para ter sua companhia, para ficarmos mais próximas, mas nunca parece o bastante, pelo menos para mim.
De repente vc descobre que seu casamento só existe para administrar problemas, mas até qdo?
Até quando todos vão conseguir?
Realmente, eu não sei.
Por enquanto a gente está tentando, mas qse não deu.
Eu não sei onde vou chegar com essa postagem, não sei nem se quero chegar a algum lugar.
Tbm não sei se quem o lê vai perder o interesse de lr meu blog diante de tanta revolta, de tanta incompreensão minha e pq não mimos meus?
Mas eu preciso dizer o q eu sinto, preciso tirar essa tristeza de dentro de mim.
Pq eu não aguento mais ser o tipo de pessoa que sorri o dia todo para mascarar toda a sua tristeza e algumas vezes mágoas e principalmente, frustrações que tenho em meu coração.
Ando tão decepcionada comigo, não consigo fazer nada direito.
Muito menos como gostaria.
Como eu disse no começo, não quero ofender ninguém, a minha vida não é igual a de ninguém tbm, minha postagem não é pra ninguém em específico, é apenas para que em algum lugar, em algum momento de minha vida, eu possa ser eu mesma.

Só isso.
 Uma música para minha postagem:



Beijos
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5 comentários:

Líli Caramel on 4 de julho de 2011 às 22:04 disse...

Amiga.. nunca foi, nao é, nem nunca será fácil sermos nós mesmos, vivermos por nós mesmos.. é como a música diz "cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração".. e cada pessoa se importa com ela, com a vida dela, até mesmo como nós fazemos.. a realidade que cada um de nós vive é única, a experiencia também é.. e a única pessoa que entende o que nós passamos somos nós mesmos.. infeliz.. ou, porque nao dizer.. felizmente!! te amo!!

Sempre Fênix on 5 de julho de 2011 às 02:46 disse...

Sabe xará !!
Post forte este seu e agora me pergunto se as pessoas ao meu redor tb passaram por esses momentos, que são de suma importancia para se conseguir seguir , exorcizar o que faz malz !
O sorrir em tempo integral só pq as pessoas esperam isso de nós tb cansa , eu sei bem.. Embora eu seja uma das pessoas que lhe incentive a ser fortaleza, as x não dá e o berro de LIBERDADE SAI GARGANTA A FORA SEM MINIMO ESFORÇO!
Por mais que a gente fale , só vc sabe o q é ... onde dói , onde é sua paz e assim vai!!!
A vida é feita de momentos e não gosto menos daqui por ler um desabafo desses, viu????
Gosto daki pq é verdade !
Fica bem!!!


Beijos e Sonhos Sempre!!!

UMA MÃE PARA TRÊS on 5 de julho de 2011 às 13:25 disse...

Adorei mais uma vez seu desabafo, adorei você ter postado no meu blog e ter me chamado de amiga, pois para mim já a considerava mesmo,não se culpe por sentir isso que você sente, nós sómos mães mais sómos mulheres, temos vontades, desejos e a maioria das vezes precisamos abrir mão por causa dos nossos filhos, sei bem como é, agora precisamos saber lidar e ter jogo de cintura para não deixar a peteca cair (como dizem) infelismente as mulheres ficam com o peso maior, cabe a nós a maior parte da responsabilidade, seja com filhos ou no casamento, chorar, reclamar tudo isso entendo, mais precisa ser forte e encarar tudo e vamos lutando, cada dia é uma conquista, um desafio novo,é pedir forças a Deus e prosseguir, bjs Thais.

Juli Lopes on 5 de julho de 2011 às 14:23 disse...

Foi tudo aquilo que a gente comentou, né, Beta?

Não acho que seu post ofendeu ninguém e acho tb que vc tem o dierito de se sentir como quiser e de exteriorizar isso quando quiser.

Gostaria muito, muito, que vc não se sentisse assim e não estivesse sozinha, mas sei como é quando a família depende tanto da gente.

Queria te dar um abração agora.
T amo,
Ju.

Anônimo disse...

Ro, tenha meu abraço hj e sempre.
Pra vc, pro Tu, pra Laura
Pena que moro longe, senão estaria todo domingo aí com vcs, brincando com o Tu e conversando com a Laura, assim como eu faço com a Letícia e a Giovana.

beijos

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