Uma mudança imperceptivel


Ontem numa conversa com uma amiga, falávamos sobre sufocar os filhos.
Ela perguntou-me como seria sufocar um filho.
Não sei responder como, mas instantaneamente veio em minha cabeça a criação q deu para a Laura.
Sabe, enquanto eu falava para ela como eu cuidei da Laura, eu sentia muita pena da minha filha.
Foi tão imediato os exemplos que eu dei para ela que até senti vergonha.
Hj, me peguei pensando se a maneira q eu eduquei minha filha acabou trazendo transtornos graves para ela.
Será??
Eu não relaxava.
Laura não podia se sujar, não podia correr pq caía, não podia chorar, não podia ficar brava, não podia lamentar os milhões de "nãos" que dizíamos. Não podia ser ela mesma nunca.
E mesmo assim, sempre sonhei em ter uma filha cheia de opiniões formadas, mas como se eu controlava ate a velocidade de sua respiração?
Uma super-proteção sem tamanho. 
Ao menos eu conseguia deixá-la viajar com minha mãe para alguns lugares pq não achava justo q ela ficasse privada disse por causa do meu trabalho.
Dei palmadas, coloquei pouco de castigo, reprimi demais e nem percebi..
Foi assim que eu dei a dica para ela sobre como é prender demais o filho, não deixá-lo sem poder ter iniciativa.
Hj aprendi q criança tem q se sujar, tem q se rasgar, riscar o chão, a parede, a gente limpa depois.
Claro q eu ensino q não se risca a parede, né? Mas depois q está feito mesmo, só nos resta tirar a foto e colocar no ´álbum.
É legal ser uma mãe livre, é legal a gente se sentir seguro qto a isso.
É legal ser irresponsável às vezes.
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2 comentários:

Juliana on 5 de agosto de 2010 às 01:09 disse...

Então, Beta, vc me ajudou demais esse dia. Algumas coisas, como riscar a parede e espalhar a brinquedaiada no chão, eu já deixava mesmo. Dentro da casa dele eu não ligo muito pra bagunça, sabe?
Mas eu não tô deixando mesmo ele muito livre na casa dos outros, ficar mexendo nas coisas. Na casa de ninguém que eu conheço dá pra não ficar atrás, porque onde não tem escadarias, tem cachorros bravos... Ou deixam o portão aberto o tempo todo. Aí ficam reclamando que eu não saio do pé dele. Já segurei o Gabi no último minuto de rolar uma escadaria e de ser mordido por um cachorrão. Mas eu sufoco ele! Depois q a gente conversou eu examinei bem a consciência e vi q eu nem prendo tanto assim.
Bjão.

Eu não sou ninguém on 12 de agosto de 2010 às 12:35 disse...

Ju
é assim mesmo, a gente vai vivendo e aprendendo a se observar.
Legal q vc deixa o Gabi solto,
mas legal é saber a diferença entre o solto e o correr riscos, q aliás, nessa idade é uma constante.

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